A Comunhão
Reformada Batista no Brasil é uma associação religiosa, sem fins
lucrativos, organizada pela iniciativa de evangélicos brasileiros em 10 de
junho de 2004, e reúne indivíduos (homens e mulheres) que, mesmo em
denominações diferentes, podem subscrever a Confissão de Fé Batista de
1689.
Comunhão
P or este epíteto os membros pretendem
explicitar que são associados sob uma mesma base de fé, e por objetivos em
comum, tais como: congregarem-se numa aliança formal, de apoio e cooperação
mútua;
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estimularem
a comunhão entre si, de tal forma que possam dividir súplicas, agradecimentos,
e interesses afins; promoverem a fé reformada; relacionarem-se com organizações
congêneres; testemunharem sua fé em Deus, em Cristo, no poder do Espírito, em
meio à dramática fragmentação que a comunidade evangélica tem passado;
estabelecerem plataformas ou suportes para ações comuns, especialmente nas
áreas de reflexão teológica, evangelização, ação pastoral e formulação de
estratégias missionárias, sociais e culturais; e, promoverem eventos consoantes
a estes objetivos.
Afé reformada tem uma longa tradição pactuante. Em
diversos momentos da história, ministros reformados têm se reunido em alianças
formais objetivando apoio mútuo. Esta tem sido uma permanente tendência dentro
da tradição reformada, e estas alianças têm sido firmemente confessionais em
sua natureza. A tradição reformada desde cedo buscou confessar comunitariamente
sua fé no Deus trino, de forma clara e unívoca.
N ão obstante, recusamo-nos aos
modelos independentes, em que se transita de lugar a lugar, sem nunca se
obrigar ou assumir responsabilidades com alguma igreja em particular. Esta
atitude não só é perigosa, mas contrária à mente de Deus revelada nas
Escrituras (Mt 28.19,20; At 2.41,42). Não apreciamos o desacreditar ou o
abandonar da igreja, mas buscamos sua reforma e restauração bíblica.
Partilhamos da convicção de que a igreja local é central nos propósitos de Deus
na terra (1 Tm 3.15). Apenas a igreja é a habitação especial de Deus por Seu
Espírito entre os homens (Ef 2.22). A grande comissão das igrejas é cumprida
quando pregadores do evangelho são enviados pelas igrejas para edificar novas
igrejas, por meio da conversão, do batismo e do discipulado. E quando alguém
anseia por onde está a especial presença de Deus, então deve buscar uma igreja
bíblica constituída por crentes genuínos.
Reformada
Assumimos este nome “Reformada” de forma proposicional
e por duas razões específicas: primeiramente porque nos ajuda a
explicar algo de nossas raízes histórica e teológica. Nós mantemos um corpo
de confissões teológicas comumente chamadas de Fé Reformada –
aquelas verdades da Palavra de Deus que foram afirmadas pela igreja primitiva e
reavivadas pela Reforma Protestante. Verdades bíblicas tais como Sola
Fide (justificação somente pela fé), Sola Gratia (salvação
somente pela graça de Deus), Solus Christus (Cristo somente, o
Salvador dos pecadores), Sola Scriptura (a Bíblia, e somente
ela, como base de fé e prática) e Soli Deo Gloria (a Deus
somente, toda glória na salvação dos pecadores), entre os grandes pilares da Fé
Reformada.
Talvez mais conhecida por sua doutrina da salvação,
a Fé Reformada ensina (assim como ensinam as Escrituras) que, antes de o mundo
ter sido criado, Deus o Pai, soberanamente, escolheu certos
pecadores para a salvação de acordo com o Seu beneplácito (Ef 1.3-5). A Seu
próprio tempo, Deus o Filho veio e morreu pelos pecados dos escolhidos
(Jo 10.14-18). Na conversão, Deus o Espírito Santo, trabalhando em
harmonia com o decreto do Pai e a morte do Filho, aplica a obra de redenção ao
eleito (Tt 3.5). Quando dizemos que somos Reformados, estamos afirmando que
abraçamos como bíblico, o sistema de teologia comumente chamado dedoutrinas
da graça – aquelas doutrinas que afirmam a depravação total do homem,
a natureza incondicional da eleição, o propósito particular ou limitado da
redenção, o chamamento irresistível e eficaz, e a perseverança e preservação
dos santos. Muitos dos grandes nomes da história da igreja estão associados a
estas doutrinas. Enfatizamos, entretanto, que mantemos estas verdades, não
simplesmente porque Agostinho, Calvino, Edwards, Spurgeon e outros grandes
nomes da história da igreja também as abraçaram, mas porque, assim Jesus como
os apóstolos, claramente as ensinaram.
A Fé Reformada, porém, abrange muito mais que a
bíblica doutrina da salvação. Seus ensinos enfatizam ainda, o que concerne a
outras verdades de grande importância como, por exemplo, a maneira em que nós,
como crentes, devemos viver neste mundo e, ainda, como a igreja deve levar
adiante a pregação do Evangelho, como conduzir nosso culto de adoração a Deus,
e também como nossas igrejas devem ser governadas. Deste entendimento teológico
emanaram grandes confissões, credos e catecismos Reformados. Entre os mais
proeminentes estão os Cânones do Sínodo de Dort, a Confissão
de Fé e o Catecismo de Westminster, e a Confissão
de Fé e o Catecismo de Heidelberg. Nossa Confissão de Fé
– a Confissão de Fé Batista Londrina publicada em 1689 (também
conhecida como Segunda Confissão de Fé Batista Londrina) – está
profundamente enraizada nestes documentos históricos e é substancialmente
similar a Confissão de Westminster. Por estas razões teológicas e históricas,
nos chamamos de cristãos “Reformados”.
Também usamos este termo “Reformada” de um segundo
modo e por uma segunda razão: estamos buscando reformar-nos a nós
mesmos e às nossas igrejas de acordo com os ensinos da Palavra de Deus, a
Bíblia. Em nossos dias atuais, com freqüência ouvimos chamados de muitos
púlpitos para uma reforma da igreja. Porém, tais chamados, em muitos casos,
visam ao esforço de mover a igreja para ainda mais distante de
suas raízes bíblicas e históricas, na direção do que é moderno, contemporâneo e
inovador; a uma teologia centrada no homem e seus interesses físicos e
seculares. Existem, sem dúvida, muitas reformas em progresso, mas não
conformadas aos padrões bíblicos, e onde o poder de Deus, Sua majestade e
glória são omitidos, se não totalmente relegados ao esquecimento. Ao nos
declararmos “Reformados”, estamos fazendo de nosso alvo e ambição nos
posicionarmos cada vez mais em alinhamento com as Escrituras. Neste sentido, o
termo “Reformado” não tem conotação estática. Desejamos fazer o caminho de volta
às Escrituras, examinando-nos constantemente. E não o fazemos simplesmente
porque os Puritanos do passado o fizeram, ou porque outros Reformados
contemporâneos o fazem. Nós almejamos fazer tudo o que vemos revelado em nossas
Bíblias, como sendo a vontade de Cristo para Sua igreja.
Batista
O nome “Batista” é, para nós, uma forma
abreviada e proposicional para transmitir certas verdades. Primeiramente,
queremos afirmar as verdades bíblicas com referência àqueles que devem
ser batizados. A Bíblia não é silenciosa nem tampouco obscura quanto a esta
questão. O fato de ser o batismo exclusivo para aqueles que são discípulos, é
um ensino claro na Palavra de Deus (Mt 28.19). O mandamento sobre quem deve ser
batizado não se descobre no livro de Gênesis, e sim nos Evangelhos e nas cartas
apostólicas. Não existe qualquer evidência explícita e satisfatória na Palavra
de Deus que possa, legitimamente, sustentar a noção de que os infantes de pais
crentes devam ser batizados. Todo mandamento bíblico em particular, assim como
todo exemplo e toda afirmação bíblica concernente aos candidatos ao batismo,
atestam que estes devem ser somente aqueles que são convertidos.
Onome Batista é, em segundo lugar, usado para transmitir
nossa persuasão de que somente aqueles que são genuinamente convertidos e
batizados têm o direito a membresia na igreja de Cristo. A isto
freqüentemente aludimos como “membresia regenerada”. Uma leitura cuidadosa das
epístolas do Novo Testamento demonstrará que os apóstolos presumiram serem os
seus leitores, “santos”, “irmãos fiéis” e “limpos por Cristo” (1 Co 1.2; Cl
1.2). Infelizmente, em nossos dias muitas são as igrejas batistas que estão
mais ocupadas em ter uma membresia de pessoas que fizeram “decisões”, ou uma
membresia batizada, do que com uma membresia regenerada. É trágico que tal
coisa tenha que ser mencionada. Vivemos nos dias do “decisionismo” e da “fé
fácil”. Muitos são deixados na impressão de que converteram-se proferindo certa
fórmula de oração, caminhando ao altar, levantando a mão ou assinando um
cartão. Não importa se de fato romperam com o pecado e passaram a buscar uma
vida de santidade (Hb 12.14). Alega-se que eles, embora vivendo para si mesmos
e para o mundo, estão a caminho do céu. Entretanto, é dever dos pastores, como
de todos aqueles que pertencem a igrejas verdadeiras, se assegurarem o melhor
possível, de acordo com suas habilidades, que nenhuma pessoa não convertida
venha a tornar-se membro de suas igrejas. Aqueles que professam terem a Cristo,
deverão tê-lo integralmente, em todos os seus três ofícios: Profeta, Sacerdote
e Rei.
No
Brasil
Através
desta identificação, os membros pretendem esclarecer, historicamente, a origem,
e, juridicamente, a sede de sua aliança formal, sem contudo impor aos seus
objetivos, rigorosos e rígidos limites em termos geográficos, culturais ou de
nacionalidade. Amamos o nosso país, mas entendemos a fé reformada como
missionária e universalizante. Não olvidamos nossa identidade nacional,
mas, quanto aos ideais do Reino de Deus, apelamos por uma ação que transcenda
interesses culturais estritos. Estamos convencidos de que há na fé bíblica
elementos de origem sobrenatural (supracultural), atemporais, e de aplicações
universais. Devemos transcender as diferenças culturais conforme Cristo
ordenou-nos fazer (Ef 4.4ss; Gl 3.28; Jo 17.20ss). O Senhor Jesus comissionou
os seus discípulos: “Sereis minhas testemunhas tanto em
Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”(At
1.8).
Via Comunhão Reformada do Brasil
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