Por Dr. Martyn Lloyd-Jones
De duas coisas podemos estar certos e devemos sempre asseverar: primeira,Deus jamais é a causa do pecado. Em Habacuque 1:13, vocês encontrarão expresso: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal.” Tiago diz: “...Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” (Tg 1:13). Segunda, o propósito de Deus é, em todas as coisas, perfeitamente consistente com a natureza e o modo de agir de Suas criaturas. Noutras palavras, ainda que não possamos conciliá-lo, há uma conciliação final. Os decretos de Deus não negam a existência de agentes livres. Tudo o que sabemos é isto: ainda que Deus concedeu esta liberdade, Ele, não obstante, a tudo governa a fim de que Seus fins determinados possam ser concretizados.
Como pode Deus decretar tudo e ainda manter-nos responsáveis pelo que fazemos? Eis a resposta:
“Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: porque me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição; para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou” (Rm. 9:20-23).
“Mas”, talvez vocês perguntem, “como você concilia estas duas coisas?”
Respondo: “não posso. Sei que a Bíblia me afirma as duas coisas: que o homem, em certo sentido, é um agente livre, e, em contrapartida, que os decretos eternos de Deus governam todas as coisas.”
(...)
(...)
Curvemo-nos diante de Sua Majestade. Humilhemo-nos em Sua augusta presença. Submetamo-nos à revelação que Ele tão graciosamente Se agradou em nos comunicar.
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Extraído do livro “Deus o Pai, Deus o Filho”, Dr. Martyn Lloyd-Jones – Editora PES.
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